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Exposição
CORPO PRESENTE

Curadoria: Lela Beltrão

No país que em casos de feminicídio é 5º maior do mundo, que mais mata e encarcera corpos pretos, um corpo feminino PRESENTE é uma vitória (#marielepresente).

Os corpos femininos, além de objetificados, carregam o peso de uma sociedade desigual. As mulheres representam menor percentual da força de trabalho, recebem menor salário que os homens nas mesmas condições, gastam o dobro de tempo no cuidado da casa e a terceiros.


A desigualdade se agrava se esse corpo for de uma mulher preta. Toda nossa sociedade se sustenta a partir deste ponto: da exploração e do descuido às mulheres pretas.

Construir um olhar novo para a EXISTÊNCIA dos corpos femininos na nossa sociedade é tarefa coletiva. É o corpo da mulher que, vivo, reproduz a sociedade com sua potência criadora e esse é, segundo Silvia Federici, o "ponto zero da revolução". Onde se vê fraqueza, vemos fortaleza.

A potência dos corpos femininos em todos os aspectos de geração, nutrição e beleza merece o reconhecimento que, por milhares de anos, representou aspectos das deusas. Mesmo as próprias mulheres ainda necessitam passar pelo empoderamento dessa verdade, essa cura. Você é uma deusa, mesmo que a sociedade não se lembre disso.

Um corpo feminino, vivo, é resistência. Um corpo preto, feminino, vivo, é sustentação de toda uma sociedade. Uma sociedade de mulheres que coletivamente enxergam a potência de seus corpos presentes, é REVOLUÇÃO.

Tewá 225 e Lela Beltrão

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