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Atualizações NDC's e COP26

No dia 25 de outubro de 2021, alguns dias antes do início da COP 26, o relatório sobre as sínteses dos planos de ação climáticas para os próximos anos, baseados nos planos de Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs), foi publicado pela UN Climate Change.

O relatório tem como objetivo auxiliar os países-membros do Acordo de Paris a avaliarem os progressos da ação climática para a construção de projetos e metas reais que serão apresentadas na COP 26 em Glasgow, Escócia. Dentre os pontos mais importantes, a atualização dos NDCs apresenta a possibilidade de novos planos de redução de gases de efeito estufa (GEE), levando em consideração o compromisso de mobilizar anualmente 100 milhões de dólares para países em desenvolvimento e cumprimento do artigo 6º do Acordo de Paris.

Entretanto, ao analisar as evoluções da emissão de GEE, um número preocupante é apresentado no relatório: ao considerar em conjunto todos os NDCs das 192 partes, existe um aumento considerável de quase 16% das emissões globais de GEE, quando comparado a 2010. O aumento de emissões, de acordo com as últimas atualizações do Painel de Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) mostra que se não houver controle e diminuição das emissões, pode haver aumento de cerca de 2,7°C até o final do século.

O Brasil chega a Conferência com pendências ambientais significativas, como a mudança da base de cálculo ambiental, que permite ao país emitir 400 milhões de toneladas de carbono a mais GEE que o previsto pelo Acordo de Paris, e o aumento catastrofico do desmatamento ilegal que, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, responde por 44% das emissoes brasileiras de GEE.

De modo geral a apresentação dos novos NDCs foram expostas de maneira a encorajar mudanças significativas no movimento ambiental. Dentro das previsões do relatório, 71 nações comunicaram seu anseio de alcançar a neutralidade de carbono por volta da metade do século, fazendo com que o nível total de emissões seja até 88% menor em 2050 que em 2019. Entretanto, ao analisarmos os dados reais, percebemos a distância entre os anseios dos países e suas reais emissões de GEE e construções em prol do desenvolvimento sustentável.

“Glasgow deve lançar uma década de ambições cada vez maiores. Na COP 26, devemos nos unir por nós, as gerações futuras e nosso planeta”, prescreveu o chefe da COP 26. "

Muito se espera das resoluções da COP 26, desde planos reais e aplicáveis para países em desenvolvimento a apoio financeiro e maior comprometimento do G20. Após um ano sem a conferência, o sentimento que assombra os ambientalistas e líderes de movimentos e organizações ambientais é o da inércia, uma vez que as pretensões permanecem as mesmas, mas os planos aplicados e resultados não acompanham a necessidade de mudanças ambiciosas e reais de emissões de GEE.

Saiba mais em: https://unfccc.int/news/updated-ndc-synthesis-report-worrying-trends-confirmed

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